
Não abordaremos questões econômicas, já que essa não é a nossa expertise. Tampouco trataremos de questões jurídicas, embora essa seja a nossa especialidade. Objetivamos apenas falar de coerência.
Concordamos plenamente com Míriam Leitão, “o simples complicou”. De fato, agora a regra está mais complexa àqueles que poupam...na caderneta de poupança....e que representam a grande maioria...embora com menores valores aplicados, se considerados unitariamente.
Se realmente a medida foi necessária, tem o nosso apoio, mas que não se deixe de lado ser urgente, para ontem, o combate ao spread. É inaceitável, a enorme distância entre o que os bancos remuneram o dinheiro que captam e o que emprestam.
Ou seja, os R$1.000,00 remunerados ao poupador, têm uma taxa muito aquém desses mesmos R$1.000,00 emprestados ao tomador de crédito. Novamente citando Miriam Leitão, “os bancos sub-remuneram as aplicações e cobram demais na concessão de crédito”.
Se nada for feito rapidamente para modificação desse quadro, a impressão que ficará, mais uma vez, é a de que o poupador, ao fim, é quem subsidia o capital político do Governo.
Vale também lembrar, que o Governo é um grande cliente dos bancos, ou seja, paga juros elevadíssimos e só isso, já justifica que o combate alcance – efetivamente - instituições financeiras. Agora é aguardar para verificar se os comandantes da política econômica serão tão vigorosos no trato com os caciques.